segunda-feira, 22 de setembro de 2008

O Uso dos Modalizadores na Construção da Persuasão em Textos Jornalísticos

UNIVERSIDADE VALE DO ACARAÚ – UVA
CENTRO DE LETRAS E ARTES
PRODUÇÃO DE TEXTO

ENSAIO CIENTÍFICO

O Uso dos Modalizadores na Construção da Persuasão
em Textos Jornalísticos

Simone Paiva Feijão
Aluna do 4º período de Letras – UVA

A estrutura dos textos jornalísticos utiliza da construção de persuasão como recurso para atingir o leitor. O locutor, quando se apropria de um determinado discurso, não o faz de forma aleatória, ao contrario, ele busca as possibilidades que lhe parecem mais eficazes para convencer o interlocutor.
Existem duas classes gerais de modalidades: a) a modalidade de frase, ou seja, aquela necessária a constituição de uma frase enquanto enunciado interrogativo, exclamativo e imperativo; b) modalidade lógica, ou seja, aquela que expressa um julgamento do enunciador em relação ao que enuncia. (BUYSSENS, 1972).
Tanto no âmbito da lógica como no campo da Lingüística, em cuja junção dos dois encontram-se os modalizadores. O que caracteriza essencialmente o processo da modalização é o fator subjetivo.
A existência de modalizadores em um texto jornalístico é indispensável com a presença das palavras (com certeza, necessariamente, é preciso, acredito que, etc.), para sinalizar o modo de quem fala ou escreve frente ao que declara. Por exemplo: “Ford Ka. Certamente rápido, muito rápido”. (Superinteressante, julho de 2001). O estilo persuasivo é subjetivo, de ordem afetiva e avaliativa, manifestado pelo uso da palavra ou expressão tonalizadora de estilo e intenção.
Como um procedimento que resulta de exercícios da linguagem, cujo objetivo é formar atitudes, comportamentos, idéias. Desse modo, garantiu-se princípio democrático da circulação social do discurso, persuadir passa a ser uma instância legítima de convencimento, de afirmação de valores e de construção de consensos.
A persuasão é provavelmente a habilidade mais importante par um texto jornalístico. A presença dessa palavra em um texto tanto pode ser usada para realizações nobres, como para enganar as pessoas.
Independentemente do tema dos textos, a persuasão é necessária para engrandecer o discurso do autor. O uso das modalidades no emprego da persuasão não são nem boas nem más, o uso que se faz delas é que podem ser nobre e não tão nobre. O estilo persuasivo se submete às escolhas que o produtor faz no momento da produção do estilo de frase e das oscilações de mensagens, que se organizam para manifestar suas intenções, ou modos de se pronunciar para um público leitor.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BUYSSENS, E. 1972. Semiologia e Comunicação Lingüística. Trad. DeIzidoro Blikstein. São Paulo, Cultrix/EDUSP.
Discurso, subjetividade e modalização. Superinteressante, julho de 2001.


Nenhum comentário: