domingo, 21 de setembro de 2008

A Linguagem na Educação em Busca da Autonomia no Aprendizado do aluno

UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ - UVA
CENTRO DE LETRAS E ARTES
CURSO DE LETRAS
DISCIPLINA: PRODUÇÃO DE TEXTO

Ensaio Científico

A Linguagem na Educação em Busca da Autonomia no Aprendizado do Aluno

Karollyna Jorge Martins
4° Período de Letras da UVA

A linguagem é compreendida como um sistema de representação, isto é, é um dos meios pelos quais pensamentos, idéias e sentimentos, que são do sujeito, são representados em um a cultura. A linguagem é o meio pelo qual o aluno adquire sua autonomia comunicativa e deve resultar do processo de ensino-aprendizagem. A funcionalidade da linguagem nem sempre tem levado o aluno a adquirir autonomia comunicativa no processo de ensino-aprendizagem na busca de uma educação funcional.
Na maioria das vezes é através da linguagem que o aluno adquire o senso crítico e reflexivo para mudanças na educação e na sociedade, compreendendo assim, educação num sentido amplo, dentro e fora da escola. O processo de ensino-aprendizagem deve ser o caminho para a aquisição dessa autonomia comunicativa.
Nesse sentido a linguagem é vista como o elemento de reflexão do indivíduo consigo, com o outro e com a sociedade. Segundo Scholze (2002, p.118) “essa capacidade de reflexão pela linguagem produz conhecimento e, com ele, produz poder”. Ou seja, a educação sempre foi e sempre será o instrumento mais poderoso, prático e seguro de se fazer democracia.
Se compreendermos a autonomia dentro de uma concepção pedagógica mais moderna, baseada na psicologia genética, podemos entender a educação como a vivência de experiências múltiplas e variadas, tendo em vista o desenvolvimento motor, cognitivo, afetivo e social do educando. Nessa abordagem, o aluno é um ser ativo e dinâmico, que participa da construção do seu próprio conhecimento.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997, p. 94) “a autonomia fala de uma relação emancipada, íntegra com as diferentes dimensões da vida, o que envolve aspectos intelectuais, morais, afetivos e sociopolíticos”. Ainda que na escola se destaque a autonomia na relação com o conhecimento, ela não ocorre sem o desenvolvimento da autonomia moral e emocional que envolve segurança e sensibilidade.
Entendemos então, que é por meio da linguagem que os alunos conseguem determinar o poder de pensar e conhecer a realidade, tornando-se assim, autônomos na sua própria aprendizagem. É através da educação que conseguiremos habitar esse mundo da linguagem, e permitir aos alunos o pensamento livre, dando-lhes as condições necessárias para o pensamento crítico. A linguagem na educação funcional por meio de experiências variadas, desenvolve a autonomia do aluno no processo ensino-aprendizagem.

Referências Bibliográficas
Scholze, Lia. Pela não-pedagogização da leitura e da escrita. São Paulo, 2007.
Parâmetros curriculares nacionais: Introdução aos Parâmetros Curriculares Nacionais / Brasília. Secretaria de Educação Fundamental, 1997.

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